terça-feira, 1 de março de 2011

Jesus Antagônico.

Quanto mais eu estudava Jesus, mais difícil tornava-se classificá-lo.
Ele falou pouco sobre a ocupação romana, o assunto principal de seus conterrâneos, mas pegou um chicote para expulsar do templo judeus, os pequenos aproveitadores.Insistia na obediência à lei de Moisés, enquanto adquiria a reputação de transgressor da lei.Poderia ser tomado de simpatia por um estrangeiro mas afastou o melhor amigo com a dura repreensão: "Para trás Satanás!".Tinha opiniões inflexíveis sobre os homens ricos e as mulheres de vida fácil, mas ambos os tipos desfrutavam de Sua companhia.
Um dia os milagres pareciam fluir de Jesus; no dia seguinte Seu poder ficava bloqueado pela falta de fé das pessoas.Um dia falava em pormenores sobre a segunda vinda; no outro, não sabia nem o dia nem a hora.Fugiu de ser preso uma vez e marchou inexoravelmente rumo à prisão em outra.Falou eloquentemente sobre pacificação, e depois disse a seus discípulos que procurassem espadas.Suas reivindicações extravagantes colocaram-no centro da controvérsia, mas, quando fazia uma coisa realmente miraculosa, procurava ocultá-lo.
Duas palavras ninguém pensava aplicar ao Jesus dos evangelhos: enfadonho e previsível.Então porque a igreja domou esse caráter - "aparou" nas palavras de Dorothy Sayers, "com muita eficiência as garras do leão da tribo de Judá, declarando-o um bichinho de estimação adequadamente domesticado para pálidos vigários e velhas senhoras piedosas?

Por Philip Yancey_ o Jesus que eu nunca conheci.

Um comentário:

  1. Jesus tinha uma tarefa tipicamente espiritual. Não veio cuidar da vida e sim da felicidade. Suas atitudes se dividem em duas fases, a saber
    a primeira até quando foi crucificado - teve um comportamento humano, briguento religioso, evitava autoridades e não cometeu o erro de Batista, mas deixou, em tudo o exemplo do que um crente não deve fazer.
    o segundo ato começa à beira do mar da galileia, quando não mais esta Jesus, era o cristo, a todos perdoou, instruiu e direcionou para a realidade do sentido da vida , da felicidade verdadeira e da certeza da eternidade.
    Resumindo : não se podem nem se deve olhar Jesus ( o Cristo) com olhares filosóficos, sociológicos e mesmo humano. Não sei que é o Sábio aí em cima, mas sua análise carece da compreensão do cristianismo.

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